quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

"Minha Vó Tá Maluca" e Nós Também (?)



                                      By Káren Andrade


       Conversando com a Bruna (organizadora deste blog) surgiu a ideia de eu escrever algo, no intuito de colaborar com “um quarto de rock e outras coisas”, porém, eu não sabia bem como fazer.
       De repente, lembrei de algo que vi na TV esses dias e me deixou horrorizada. Era domingo (lê-se: a programação é bem pior nesse dia) estava passando o programa “Esquenta”, eis que surge MC Carol ‘cantando’ uma música chamada “minha vó tá maluca”... Foi uma das piores canções (lê-se: porcarias) que já ouvi, até a ‘delícia, delícia, assim você me mata... ’ é menos ruim.
       Procurei saber o que levou essa moça a tal ponto, pois não é bom criticar sem conhecer; MC Carol fez essa “proeza” porque sua avó gastou R$120,00 numa peruca, enquanto na casa dela passavam por necessidades.
       Ao ouvir “minha vó tá maluca” pensei como o nosso déficit de músicas ouvíveis (digo, audíveis) está cada vez maior. Depois do “créu”, “ai se eu te pego”, “meteoro da paixão” (pode piorar), a MC Carol conseguiu provar que a tendência é só decair mais, pois, como bem colocou a Bruna Oliveira, “não se vai de ‘créu’ a Chico Buarque”.

P. S: Se, ainda assim, alguém quiser ouvir a "música", pesquise no google. Decidimos não postar aqui o link para execução online ou download.
Agradecemos a compreensão.

2 comentários:

  1. O funk é a expressão do cotidiano das pessoas das favelas. Que bom que pessoas que passam necessidade como é o caso da Mc Carol tem a possibilidade de ter voz através da música. Algumas podem não ser da melhor qualidade segundo certos padrões, mas é a expressão da realidade que a gente vive e quais os funks que a mídia tem interesse em comprar pois tem muita coisa de qualidade sendo produzida na favela que não ganha o asfalto porque a mídia não está interessada. Além disso, muitos acusam o funk de só falar de pornografia, o que não é verdade. Essa música mesmo não fala disso e mesmo as que falam não vejo motivo pra julgar, afinal eles estão apenas falando da realidade deles, mostrando na nossa cara o que a sociedade quer esconder. Ao contrário de certas músicas sertanejas e outras que falam as mesmas coisas, mas usando duplo sentido e não são discriminadas e criminalizadas comoo o funk. Enfim, apenas algumas considerações que faço.

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  2. Olá, Luiza, não sei se você esperava uma resposta nossa, mas de qualquer forma, pedimos desculpas pelo aparente descaso por não comentar nada a respeito do seu comentário.
    Em primeiro lugar aqui não houve um julgamento, bem como o seu comentário também não foi um julgamento seu a cerca do nosso post, apenas uma consideração.Talvez você tenha dado uma olhada em nossos outros posts e tenha percebido que nosso objetivo não é, de modo algum, tornar-nos famosinhos na internet, falando mal de tudo, nosso conteúdo é, acima de tudo, informativo. O funk, tal como ele surgiu na década de 60 era uma belíssima expressão cultural dos bairros mais pobres dos EUA, já o Funk, tal como ele é vendido hoje no Brasil, nada mais é do que um gênero que se atrofiou e se perdeu em músicas com letras de gosto duvidoso; as gravadoras simplesmente fabricam tipos artísticos e dão ao público o que ele gosta de ouvir. Mas, em uma coisa tenho que concordar com vocêm Mc Carol é, sem dúvida, dos males o menor.

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